domingo, 21 de setembro de 2008

Capitulo 5 - A luta

*Quando comecei a recobrar a consciência tentei me levantar, mas fui impedido por causa das inúmeras correntes... mais uma vez senti aquele cheiro que eu não podia descrever, mas fazia eu me sentir vivo e com instintos selvagens. Mais uma vez perdi a cabeça, comecei a me debater e rugir.

*Minhas mãos acorrentadas iam de um lado para o outro tentando de algum modo quebrar as correntes. Eu jah estava em pé quando tentei quebrar as correntes dos pés, mas todos os meus esforços foram em vão.

*-NÃÃÃÃÃO!!!! -gritei com raiva- ESTE NÃO SOU EU... -mais uma vez gritei.

*Por mais que eu tentasse o espirito animal me consumia e meus olhos azuis passavam para um tom escuro, tão escuro que mal poderia se ver minha pupila. Agora eu me debatia, me arranhava, tentava com todas as minhas forças voltar a minha natureza.

*Mesmo com todos os meus esforços, eu novamente fiquei naquela posição de ataque, olhando fixamente para a porta, a cada segundo que eu deixava de me concentrar, aquele cheiro invadia mais a minha mente e me transformava em um louco com vontade de matar alguém.

*-AAAAAAH!!! PARAAAA!!! -continuava a gritar em vão, pois depois desse último grito eu movi minha mão direita com tanta força para cima, que as correntes romperam o piso de ferro e um pedaço da pele de meu tórax. Não fiz nenhuma menção de que tivera sentido dor, pelo contrário, continuei com aquele ar monstruoso em minha face- GRRRR!!! -rosnei para ver se conseguia força o suficiente para me segurar.

*Todos os meus esforços pareciam nao valer em nada, pois a cada momento de concentração eu ficava cada vez mais animal, ou melhor, cada vez mais eu me tornava um vampiro faminto!

*-ISSO TEM QUE PARAR!!! -mais uma vez gritei para tentar me transformar em um humano normal- ISSO TEM... -não consegui terminar a frase pois me joguei no chão e me enrolei, segunrando com todas as forças as minhas pernas contra o meu peito, enterrando meu rosto contra os meus joelhos.

*Quando por um minuto eu pensei que começaria a me acalmar, senti um cheiro diferente, era um cheiro doce, que me fez olhar diretamente para porta, com aqueles olhos de matador. Era como se eu tivesse percebido que uma pessoa nova havia entrado na casa. Uma pessoa que chamou total atenção e o único movimento que eu fiz por longos dez minutos, foram apenas o de tirar o rosto do "enterro" nos joelhos e o movimento do nariz para tentar captar ainda mais aquele cheiro que me deixava alucinado.

*Depois de um longo periodo apenas apreciando aquele maravilhoso aroma, eu comecei a me mexer, lentamente, fui ficando na minha posição de ataque. Sem motivo algum, tentei disparar em direção à porta, mas a primeira corrente que me prendeu foi a do pescoço, dando um solavanco tão forte que a parte de minha consciência que ainda existia dentro de mim, pensou que eu desmaiaria, mas aquele instinto animal não me daria esse previlégio.

*Meu olhar não desviava nem um milímetro da porta.

*Levei a mão direita até a parte da corrente que estava presa ao meu pescoço, com uma força avassaladora, puxei a corrente e só o que eu ouvi foi um grande estalo e depois a corrente estava no chão. Fui andando de costas -sem tirar os olhos da porta- até chegar onde o início das correntes estavam, com a mão esquerda desferi um golpe com a mão aberta, com intuito de pegar e destruir o chão onde a corrente estava. Minha mão foi enterrada até o antebraço, logo em seguida puxei com toda força e voltei só com pedaços de corrente em minhas mãos. Fiz o mesmo com as correntes dos pés.

*No final, apenas uma corrente ainda estava presa, a corrente que ligava a minha mão esquerda ao meu tórax, mas nao fiz menção de tira-la.

*Dei uma forte inspirada para sentir novamente aquele aroma divino, uma fragrância única que eu achava muito familiar. Sentindo aquele perfume que adentrava por cada célula de meu corpo, fiquei imóvel por alguns minutos, apenas apreciando e desfrutando daquilo que me dava prazer como nada havia me dado um dia, sempre olhando para porta sem mover um músculo.

*Mas fui abruptamente interrompido, alguma coisa fez com que aquele cheiro sumisse sem dar pistas. Mais uma vez enlouqueci, mas como agora estava livre das correntes, corri na velocidade mais rápida que eu pude. Segurei a maçaneta e puxei, mas a porta nao se abriu, então, enfurecido, abri minhas mãos e enfiei meus dedos nas extremidades opostas da lateral da porta. Vendo que meus dedos haviam atravessado a porta, eu os contraí e puxei com toda a minha força, fazendo com que a porta fosse arrancada de suas dobradiças e quebrando a parte da parede que ficava mais próxima da maçaneta. Com a porta em minhas mãos, eu a joguei com força para o lado oposto do quarto.

*Vendo aquela saída, não hesitei em sair. Saí num pulo com toda minha fúria. Ali no corredor, eu estava agaixado, próximo a parede oposta a porta que havia sido arrancada. Minha mão esquerda estava encostada na parede e minha cabeça estava baixa, todo o resto de corrente que ainda sobrava em mim, estava formando pequenos circulos ao meus redor.

*Novamente sentindo aquele cheiro, fiquei parado, nenhum musculo se mexia, nenhum pensamento passava em minha cabeça, tudo estava paralizado. Até que fui interrompido por um suspiro leve, que eu mal pude ouvir. Imediatamente, como num susto, levantei minha cabeça e olhei para cima e vi uma coisa que não esperava ver agora... Jennifer estava parada em minha frente, com um certo medo nos olhos, mas com curiosidade e pena.

*Vendo de quem era aquele aroma tão familia, eu não pude aguentar. Num pulo eu já estava em pé, parado ao lado de Jennifer, com uma mão em sua cintura e outra em um lado de seu rosto, meus olhos fixados em seu pescoço, agora descoberto -com o auxili da mão que estava no rosto dela.

*Calvin subia as escadas e viu aquela cena, olhou para mim e não disse nada, mas imediatamente eu percebi que ele estava com um olhar de desaprovação e eu entendi que eu me arrependeria muito se fizesse o que estava próximo a fazer. Sem dar atenção a Calvin, voltei o meu olhar no pescoço de Jennifer. Ela agora não parecia com medo e não tremia, apenas estava parada em minha frente sem se mover.

*Quando menos esperava ela colocou as mãos em minha cintura e disse:

*-Eu te amo...

2 comentários:

Anônimo disse...

:')
To quase chorando, kra... xP
a história tá foda, véio, continua assim q vc cria um bestseller. Só coloca a autoria, ou qualquer um pode aparecer q dizer q é o autor, tá ligado?

Fica na paz
abç,
Paulinho

Anônimo disse...

Cada vez mais impolgante e mais interessante, no decorrer dessa leitura, eu fui me emocionando e adorando o que estava lendo e, por mais amedrontadora que pareça a historia, o leitor deseja uma continuidade e parece que quem leu sua historia, adorou...
Sim eu também gostei, parece um daqueles romances escritos por um famoso autor. Parabens ao seu belo trabalho, e você tem um bom futuro.