quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Capítulo 9 - Decisões

*Permaneci ali por um longo tempo, até que quanto percebi movimentações no quarto, eu corri silenciosamente para o meu. Fiquei lá, parado e sozinho e não consegui dormir. "O quão perigoso eu sou? O quão perigoso para as pessoas eu sou?"

*Pela manhã, vi todos se preparando para sair.

*-Calvin, poderia falar com você por um instante? -chamei Calvin do alto da escada.

*Calvin veio até mim, então eu comecei a falar.

*-Calvin, eu ouvi tudo ontem a noite enquanto você conversava com Sara e por isso, eu... -parei com receio do que iria dizer agora- ...decido ir embora, voltar para casa, para que eu não cause mais nenhum transtorno aqui.

*-Richard, você não pode sair assim, ainda tem muitas coisas que você precisa saber antes de ir, e você não é problema nenhum aqui... mas pode se tornar se sair daqui.

*-Calvin, eu já tomei a minha decisão, iri partir assim que estiver pronto... -me virei e fui em direção ao quarto.

*Calvin ficou sem falar, mas eu consegui ve-lo voltar para sala.

*Minutos depois, cheguei ao alto da escada novamente, com um saco nas costas, pronto para partir, quando vi todos reunidos na sala, as crianças estavam prontas para o colégio mas choravam. Sara e Calvin me olhavam com um olhar fraternal, mas eu estava decidido e nada iria me fazer mudar de idéia.

*-Você não pode ir embora!!! - os filhos de Calvin me abraçaram as pernas.

*Isto também não me comoveu, eu apenas me agachei, sussurrei para as crianças que eu ficaria bem e que brevemente eu os veria.

*-Calvin, eu só tenho a te agradecer, por tudo o que fez por mim e me desculpar por tudo o que eu fiz com você, te vejo em breve, até logo... -não esperei para que ele dissesse nada, pois apenas me maltrataria mais.

*Quando já estava quase do lado de fora, Sara me abraça por tras e diz, "desejo toda a sorte do mundo para você". Eu não demonstrei sentimento algum por aquele abraço, mas quando a porta se fechou atras de mim, eu senti minha lágrima quente e úmida rolando pela maçã de meu rosto. Não a sequei e fui embora.

*Eu não tinha dinheiro algum, então tive de voltar para casa com meus próprios pés. Apesar de saber onde estava e de não ficar cansado com aquele longo percurso, o meu caminho para casa demorou muito mais do que eu esperava -e do que pareceu ser.

*Ao chegar em casa tive uma surpresa. Jennifer estava lá, conversando com os meus pais. Ela -primeiramente- correu para me abraçar. O meu desejo de abraça-la foi enorme, mas como tive de pensar rápido pelo que eu estava passando e tudo o que estava acontecendo agora, não fui capaz de abraça-la. Ela percebeu isso e se afastou, dando lugar a meus pais e minhas irmãs. Mas foi com mesma rispides que eu os comprimentei. Depois daquilo, fui rapidamente para o meu quarto.

*Eu pensei que ninguém havia me seguindo, mas a única que havia feito isso foi Jennifer, entrando em meu quarto logo atras de mim.

*-O que houve com você Richard?

*Eu não respondi, ainda formulava algum jeito delicado de poupa-la de um possivel sofrimento -físico- futuro.

*Richard! -disse Jennifer ao me puxar pelo braço, me obrigando a ficar de frente para ela- ...Você realmente não vai me dizer nada?

*-Eu não quero mais te ver... -disse eu com total indiferença- ...nunca mais.

*-Richard... -Jennifer me pareceu abalada com a noticia- ...o que houve? Porque isto agora?

*Se eu tentasse explicar para ela o que havia acontecido, ela claramente iria me dizer que eu não era perigo e que ela se arriscaria a qualquer coisa para ficar comigo... então...

*-Depois que isto aconteceu comigo, que eu virei um vampiro, eu percebi que não posso mais ter relaões com você... -disse isso me virando e jogando minha bolsa de roupas para cima de cama- ...será inútil viver com você, enquanto eu continuarei com está forma para sempre, você irá envelhecer, ficará chata e arrogante e um dia morrerá. Eu não posso me iludir de tal forma.

*Jennifer não respondeu, ficou com a mesma expressão todo o momento -a de que não acreditava no que estava acontecendo- e eu vi uma única lágrima escorrer pelo seu rosto, então ela se virou e foi embora. No mesmo instante que ela fechou a porta eu corri para segurala com a mão direita e a tempo o suficiente para colocar a mão esquerda na frente dos olhos, contendo as lágrimas que estavam por vir.

*Passaram-se horas e agora eu já estava deitado em minha cama olhando o teto. Meu quarto era minúsculo -exatamente 2m²- apenas tinha minha cama, meu computador -em uma mesa apropriada-, meu violão e alguns livros.

*Meus pais -simultaneamente- entraram no quarto e fecharam a porta com a chave. Minha mãe se sentou na cama e meu pai ficou de pé me olhando.

*-Não sei como não pude perceber o que havia acontecido com você... -disse meu pai com um tom de voz parecido com o de arrependimento.

*Naquele momento eu achei que seria sacrificado por ter me tornado um vampiro.

*-Como não percebi que você estava no meio de vampiros, sua sorte é que como não tem 18 anos ainda não se pode sentir seu cheiro de lobo. -disse minha mãe.

*Foi ali que eu vi que Calvin estava certo sobre a sua idéia de eu ser uma raça hibrida. Mas porque meus pais não percebiam que eu também era um vampiro?

*-Você deve estar confuso não é, esse papo devampiro e de lobo... -minha mãe me abraçou enquanto falava- ... já está na hora, já que está com 17 e prestes a fazer 18 e se tornar um lobisomen.

*Eu tive de agir de uma forma surpresa e tentar contornar a situação. Mas depois de longas 2 horas de regras e histórias, acho que consegui fazer com que eles fossem embora sem notar que eu era um "inimigo".

*Antes de eles sairem do meu quarto eu perguntei se haviam feito a minha matricula na escola e a resposta foi positiva. Daqui a dois dias eu voltaria para escola.

*Os dois dias pareceram voar, mas percebi quando meu pai me acordou para ir para escola. Estranhamente eu não senti fome nos 2 dias que passaram, mas naquela manhã, eu sentia meu estômago roncar alto. Mas como sempre, eu fui tomar banho antes, peguei minha toalha e a roupa e fui para o banheiro que fica de frente para o meu quarto.

*Eu não havia me olhado no espelho desde a festa de final de ano, sempre achei que não iria refletir em nada, mas para meu espanto, eu me vi no espelho do banheiro. Eu estava completamente diferente, a cor dos meus olhos -azuis- estava muito mais vibrante, meu cabelo estava mais comprido e com uma cor mais viva -ele agora estava muito mais liso-, eu tinha triplicado de tamanho muscular, podia se ver claramente a definição de meus músculos, minha pele estava num tom mais claro, como se eu nunca -na vida inteira- tivesse visto o Sol. Todas as imperfeições que eu tinha sumiram, minha pele estava lisa e branca como mármore, meus dentes estavam alinhados de uma forma diferente -e notei o aumento do canino-, claramente eu havia ficado mais bonito. Ao começar o banho, percebi que minha força também havia mudado quando eu esmaguei o tubo de shampoo.

*Ao sair do banho -claramente alegre com a minha "nova" aparencia- minha mãe me parou.

*-O que aconteceu com você? Como você mudou tanto de ontem pra hoje? Você não está tomando nenhum remédio proibido não é?

*Com tantas perguntas eu não pude responder nenhuma, pois meu pai chegou ao meu lado e pôs a mão sobre meu ombro.

*-Não é isso, amor, ele está virando um membro da alcateia mais cedo do que nós previmos. -disse meu pai com um sorriso de orelha à orelha.

*-Ó, meu filhinho já está crescido e eu não preparei nada de novo para o café da manhã... -disse minha mãe.

*-Não precisa mãe, eu tomo café normalmente e vou para escola.

*-Nada disso, eu tenho uma refeição preparada para você meu filho, aposto que está morrendo de fome.

*Meu pai me levou para um compartimente estranho que havia em baixo da casa, vi tanta comida que me perguntei por que tantas vezes tive de ir ao mercado. Mas comi de uma forma sem explicações.

*Quando subi de volta para casa, percebi que já havia me atrasado bastante e que a condução para escola já havia saido.

*-Mãe, não se preocupe, eu vou correndo.

*-Vá pelos trilhos do velho trem que existe atra da nossa casa, ele tem muros por quase toda a sua extensão e ninguém o verá correndo extremamente rápido... -aconselhou meu pai.

*Saí o mais rápido possivel e fui para os trilhos, olhei para frente e vi a grande distância. Dei um largo sorriso e disparei numa corrida tão rápida quanto a de um carro e antes que eu percebesse estava voando, totalmente deitado no ar, a uma velocidade que fazia meu rosto ficar gelado e o som do ar em minhas orelhas ficara ensurdecedor. Mas mesmo assim, eu conseguia sentir o sorriso em meu rosto. A alegria estava mais uma vez em cada parte de meu -voador- corpo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hááá bua quero mais, falta de criatividade agora é totalmente e completamente inadmissível...
Qualé Rick quando a historia começa a ficar boa vc para de escrever???

Mais um coisa corrija os erros pq tem coisa ai que mel dels...vc errou uma palavra no cap. 8 que eu nunca imaginei que vc erraria.

Esse ultimo capitulo ficou otimo, até as descriçoes (exatamente 2m²)identico xD

Bem só isso...e urgente olha os erros.

Bjju *Tay*